O Sonho II

Não dissera nada, com a boca a lamber-me a pele enquanto as mãos me despiam rapidamente.
Sem perder mais tempo, sem uma palavra, esmagando-me o corpo contra o frio da parede, fizera-me abrir as pernas. Senti os seus antebraços entre as minhas nádegas, depois o sexo dele penetrou-me. Para entrar em mim até mais fundo, pegara-me pela cintura, puxando-me para trás, num vaivém violento no interior do meu sexo, com as mãos afundadas na minha pele.
Este homem embatia em mim como um pára-choques, depois as suas mãos abriram-me mais as nádegas para permitir ao seu sexo penetrar melhor. Olhava-me o pescoço, o cabelo que acabava de tomar numa das mãos, os ombros que estremeciam, as minhas costas que se arqueavam para o receber. As minhas pernas retesavam-se porque estava de pé, tinha as nádegas doridas, abertas e contraídas, esquartejadas como raramente me acontecia tê-las, o meu cu excitado como nunca.
De súbito, fez-me dar meia volta, empurrou-me contra o seu corpo e começou a penetrar-me a um ritmo muito mais acelerado.
_Sim, sim, com mais força…
Foi o que me pus a gritar.
_Com mais força!
E repetia-o.
Com o torso apoiado nos antebraços tensos, este homem totalmente desconhecido, pôs-se a acelerar o movimento das suas ancas.
Era bom. Tão bom. Era tão bom…
No instante em que os nossos olhos se cruzaram, ele começara a vir-se dentro de mim, soltando um grito rouco, sacudido de tremores e caindo sobre o meu corpo. Depois beijou-me o pescoço e a boca antes de rir e desaparecer.
Por fim acordei…
O sonho terminara.
Lentamente os meus olhos começaram a entreabrir-se e ali estavas tu, sentado ao meu lado a observares o meu corpo e a ver-me dormir.

Toque Sensual 2007